BRASÍLIA – Ao elevar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para ampliar o valor médio do benefício do Auxílio Brasil – a reformulação do Bolsa Família que passará a vigorar em novembro quando o Auxílio Emergencial acabar –, a equipe econômica entende que “travou” o ticket médio do programa para 2022.
O aumento da alíquota do imposto esse ano atende a exigência da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para indicação de fonte de compensação para uma elevação de despesa. O montante de R$ 1,6 bilhão que será direcionado ao novo Bolsa Família permitirá o pagamento de um benefício médio de R$ 300 a cerca de 17 milhões de famílias.
A leitura do time do ministro Paulo Guedes é que isso vai travar o valor do benefício em 2022, quando novos reajustes não serão permitidos por causa das restrições impostas pela legislação eleitoral.
Como já mostrou o colunista do GLOBO Lauro Jardim, Guedes vem dizendo a interlocutores neste sábado que a elevação do IOF foi uma “tecnicalidade jurídica transitória”, afastando críticas que de a ação teria sido tomada por “falta de dinheiro ou populismo”. O ministro ainda frisou que para 2022 será a tributação sobre dividendos, que consta na reforma do Imposto de Renda, que bancará o Auxílio Brasil.
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